quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Posso dar uma ‘olhadinha’, amigo?

Diariamente nos deparamos com situações que acabamos por incorporar ao nosso dia a dia e não nos atentamos para absurdos a que somos submetidos. Falo isso, neste caso, me referindo à onda de flanelinhas pelas ruas da cidade.

Sei que não é um problema apenas de Jundiaí e que as polícias e guarda municipal pouco podem fazer para inibir a ação. Sei também que muitos ali estão nessa atividade informal, pois não tiveram uma oportunidade de trabalho como a maioria de nós.

Mas, será justo para nós, munícipes, deixar nossos carros nas ruas, pagar o estacionamento rotativo - mais que necessário no Centro – e mesmo assim ter de remunerar os que ‘guardam’ o seu carro para não ser alvo de retaliações ou vandalismo? Sim, todos nós sabemos que essa coação, mesmo que camuflada, existe.

Os donos do pedaço estão em todas as partes onde se concentrem alto número de automóveis e pessoas: estádios, hospitais, centros comerciais... Muitas vezes, chegam ao absurdo de tabelar os valores.

Há uns três anos, trabalhando pelo Jornal de Jundiaí, fiz uma reportagem em que entrevistei flanelinhas orgulhosos por atingir ‘salários’ mensais de até R$ 2,5 mil. Trabalhavam em esquema de rodízio e chegavam a ter até ‘patrão’. Ou seja, sempre esteve deflagrada essa ‘indústria da olhadinha’ e não sabemos para quem reclamar. Alguém se habilita?

3 comentários:

  1. Luis Roberto Zanarella25 de novembro de 2010 às 08:11

    Muitos acreditam que uma cidade é rica quando ostentam prédios e seus moradores consomem muito em seus belos "shoppings", hoje também fragilizados por assaltos. O que antes era seguro, agora também o risco de bala perdida. Os espaços ficam menores e os ricos acabam por se isolarem cada vez mais e seus mundos individuais. Uma cidade é reflexo de suas mentalidades políticas. Onde ficam as medidas de inclusão; geração de emprego e renda; qualificação profissional?
    Procurar viver é um dever de todos, mas com qualidade e dignidade é sonho de muitos - inclusive dos flanelinhas. Quem são e como vivem? A prefeitura tem uma Secretaria só para isso.... Logo, com ela a palavra...

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  2. Sem falar, é claro, que pagamos altos valores no seguro dos veículos, que sobem proporcionalmente ao aumento do índice de criminalidade (roubos e furtos) na cidade

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  3. Quem se habilita???? O Miguel Hadadd é claro.

    Na Câmara os puxa-saco plantão conseguem repetir o nome dele umas 1000 vezes sem necessidade até em coisas que já são Lei.

    Ele tem que resolver.

    Diga-se de passagem: Com essa turma não dá mais.

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