sexta-feira, 22 de maio de 2020

Meus 25 anos de vida pública: desafios e superações

O ex-secretário de Educação e vice-prefeito de Jundiaí, Durval Orlato, completa  25 anos de vida pública e, como ele costuma enfatizar, com uma “trajetória ficha limpa”. 

Reproduzo aqui, na íntegra, minha entrevista para o Tribuna de Jundiaí (https://bit.ly/2LLm0wV)

Casado com Maria Eugênia há quase 38 anos, ele tem 3 filhos, 2 noras, 3 netos.
Durval é formado e pós-graduado em administração, foi ferramenteiro e coordenador de projetos em empresa multinacional instalada na cidade.
Também ex-vereador e deputado federal, ele ocupa hoje o cargo de secretário de governo e gestão em Campo Limpo Paulista.

Durval Orlato continua ativo na política regional, pois é tido como um articulador pragmático e estrategista. Atualmente, não está filiado a nenhum partido, mas a experiência adquirida ao longo do tempo está sendo muito requisitada , segundo ele.Assim, ele deve oferecer ajuda a alguns candidatos amigos das cidades da região, com destaque para Campo Limpo Paulista.

Confira entrevista:

Tribuna de Jundiaí: Neste mês você completou 56 anos de idade e 25 anos na atividade política. Por qual motivo preferiu largar a carreira dentro de uma empresa multinacional para ingressar na área política?
Durval Orlato: Estava há 18 anos na empresa Takata-Petri em Jundiaí, nos setores de Ferramentaria e Engenharia. Em 1995, recebi o convite para ser candidato a vereador, momento em que também participava ativamente das pastorais da Igreja Católica, além de ser o presidente da Cooperativa dos Funcionários desta empresa. Conversei com minha esposa, minha família e comecei a fazer contatos. Topei para fazer uma experiência, e o que era um teste, virou realidade. Fui eleito vereador no ano seguinte.

Tribuna: Nestes 25 anos, destaque os melhores momentos e que mais te marcaram na vida pública.
Durval: Sair do meio da fábrica, da rotina técnica e profissional, para fazer reuniões nos bairros (no início muito pouco de internet, nada de celular e whatsapp não existia) foi uma experiência ímpar, um novo olhar para a cidade. Depois quando fui deputado federal, entender Brasília e como funcionava (ou não) de perto as coisas, ajudando as cidades, foi marcante. E como secretário de Educação de Jundiaí, poder contribuir com as crianças e conhecer tanta gente boa na rede pública, foi emocionante. Além de muitos outros momentos, claro.

Tribuna: Neste período você viu a transformação do jeito de se comunicar com o eleitor. As cartas perderam espaço para o Facebook e o olho no olho para o whatsapp. Na sua opinião, qual a melhor forma de convencer o eleitor a votar em um candidato hoje?
Durval: Nada substitui a eficácia de uma boa conversa, olho no olho. Mas em cidades grandes, com a vida agitada de todo mundo e a falta de tempo que se tem, as redes sociais, quando bem utilizadas, são um instrumento de comunicação muito bom. Mas precisa saber usar, tanto whatsapp como facebook, senão fica maçante e até os amigos mais próximos tendem a não dialogar mais, só ficam fazendo conversas pelas redes sociais e pouco convivem.

Tribuna: Nestes 25 anos de vida pública, quantas eleições você disputou? E quais cargos públicos ocupou? Qual sua formação profissional?
Durval: Disputei sete eleições. Ganhei cinco e perdi duas. Fui vereador três vezes (em épocas diferentes), deputado federal e vice-prefeito de Jundiaí. Fui engraxate (acho que nem existe mais), ferramenteiro, desenhista, coordenador de projetos, consultor, professor universitário. Sou formado e pós-graduado em administração.

Tribuna: Por ser muito pragmático e objetivo em suas posições também, você já foi muito perseguido por fake news. Você já enfrentou processos judiciais? 
Durval: As mentiras estão cada vez mais crescentes, ainda mais pelo mau uso das redes sociais e pelo alcance da tecnologia. A transparência, por sua vez, também melhorou muito, felizmente, para que todos possam ter acesso aos dados de quem ocupa cargos públicos. Não tenho nenhum processo correndo na Justiça e nunca fui condenado em nenhuma instancia do judiciário. Ficha limpa a vida toda, um zelo com meu nome e de minha família. Já tentaram manchar minha imagem com algumas poucas “denúncias vazias” e que sequer iam adiante, mas a verdade prevaleceu.

Tribuna: O que podemos esperar de Durval Orlato nas eleições de 2020 e para o futuro político? Qual o seu grande sonho?
Durval: Este ano quero ajudar os amigos que são pré-candidatos. Em Jundiaí, Campo Limpo e outras cidades da região. Creio que minha experiência e formação em administração e planejamento estratégico, podem ajudá-los. Espero continuar atuando por mais alguns anos no Poder Executivo. Meu sonho, bom, não era o que diria se me entrevistassem há 3 anos, mas hoje é ver as relações sociais se harmonizarem de novo, entre amigos, na família, na sociedade. Tanto estresse, tensões políticas, clima de disputa, desentendimentos. Penso que é uma fase, um ciclo, mas meus netos – eu tenho três – merecem ter uma situação melhor.

Tribuna: Você está filiado a algum partido político?
Durval: Sem partido há 5 anos. Cultivei boas amizades em vários grupos políticos, se tive momentos de inimizades, já esqueci, pois faço o exercício constante de lembrar dos bons momentos da vida. Gosto de política, da boa relação e construções sociais, pois ainda acredito ser o melhor caminho democrático.

Tribuna: Eleições com coronavírus. Você acha que muita coisa muda politicamente nos cenários das cidades?
Durval: Situação de dupla dificuldade, pois boa parte das cidades estava se recuperando, até que bem, dos últimos 5 anos de crise econômica e aí aparece o coronavírus. A forma de se relacionar com os cidadãos ficou mais sensível. É um momento de medo, incertezas e fé redobrada. Quem está ocupando mandato de prefeito atualmente tem a oportunidade de se solidarizar mais e ajudar no acolhimento das pessoas. Quem pretende ser candidato a este cargo, precisa se reinventar como oposição em suas cidades. E, ainda, ao modo brasileiro de ser, infelizmente, não há unidade de estratégia entre governos federal e estadual, o que pode complicar mais a saúde pública e o momento eleitoral.