quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Bicicletas como transporte para alunos da rede pública: é possível!

Em Jundiaí, nas últimas décadas, não foi realizado nenhum investimento por parte do poder público para inserir a bicicleta no nosso sistema viário e, consequentemente, começar a pensar nela como meio de transporte e não exclusivamente como lazer. Podemos citar alguns motivos para se pensar em utilizar uma bicicleta no dia-a-dia:

- Saúde: quem faz exercício diariamente geralmente tem uma saúde muito melhor;

- Ecologia: a bicicleta não emite gases nocivos ao ambiente e à saúde. Isto por si só já é um motivo e tanto para se pensar numa mudança de hábitos. Além disso, não consome petróleo (que um dia irá acabar) e produz muito menos sucata de metais, plástico e borracha;

- Economia: no combustível e na manutenção, no seguro e nos impostos. É bastante economia;

- Trânsito: trocando um carro por uma bicicleta, colabora-se para diminuir os problemas de trânsito que atingem nosso município.

Ninguém está pregando a extinção do carro, pois ele também tem suas funções. Somente estamos falando em se dar maior atenção para a bicicleta. Ano passado, meu projeto de empréstimos ou aluguel de bicicletas pela cidade foi premiado no concurso CIDADONOS. Enquanto aqui não houve real interesse do poder público, na última semana a Prefeitura de São Paulo anunciou, por meio de uma parceria público–privado, a instalação de mais de 300 pontos de empréstimos pela cidade. Além disso, existe um programa do governo federal, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, que distribui bicicletas como transporte para alunos da rede pública.

É uma oportunidade que o governo federal, em parceria com os governos estaduais, municipais e com o Inmetro, está proporcionando pelo programa “Caminho da Escola”, que tem o objetivo de renovar a frota de veículos escolares, garantir segurança e qualidade ao transporte dos estudantes e contribuir para o acesso e a permanência deles nas escolas.

Criado em 2007, o programa Caminho da Escola foi ampliado em 2010 para dar aos estudantes uma nova alternativa de acesso às escolas públicas: a bicicleta escolar. Esta ação foi concebida após estudos realizados pelo FNDE mostrarem que muitas crianças percorrem a pé, diariamente, de três a 15 quilômetros para chegar à escola ou ao ponto onde passa o ônibus escolar. A bicicleta pode diminuir o esforço diário desses alunos, possibilitando, ainda, a prática de uma atividade física saudável.

Concebida pelo FNDE e testada em laboratório credenciado pelo Inmetro, a bicicleta escolar já está disponível para que estados e municípios possam comprá-la com recursos próprios. Para isso, basta pedir adesão à ata de registro de preços do FNDE e fazer o pedido. Padronizada, de baixo custo e concebida em dois tamanhos – aro 20 e aro 26 –, a bicicleta do Caminho da Escola também passou por teste de campo em 22 municípios das cinco regiões do país. No teste, os estudantes aprovaram o novo veículo.

A bicicleta tem quadro reforçado, selim anatômico, paralamas, bagageiro traseiro e descanso lateral, além de itens de segurança, como espelho retrovisor, campainha e refletores dianteiro, traseiro, nas rodas e nos pedais. Ainda vem com uma bomba manual para encher pneu e ferramentas de montagem e regulagem. Junto com as bicicletas, o FNDE doa capacetes, para reforçar a segurança dos estudantes.

Está aí uma ideia simples e ao mesmo tempo inovadora que poderia ser adotada como política pública pela Prefeitura de Jundiaí para incentivar a permanência de nossos alunos nas escolas e ainda propagar uma prática saudável e sustentável.

A Saúde Pública e a Campanha da Fraternidade, uma reflexão local (1)


A Campanha da Fraternidade (CF) da igreja católica acontece, todos os anos, no período da quaresma, com a finalidade de promover uma grande reflexão sobre temas importantes na sociedade entre os cristãos. O texto-base traz aspectos da realidade nacional, estimula a conhecer a realidade local e aponta sugestões para gestos concretos.

As ações vão desde a cobrança das autoridades por melhores soluções, o conhecimento das responsabilidades subsidiárias (de quem é o dever institucional de resolver de imediato certos procedimentos da saúde pública) e o fortalecimento da pastoral da saúde (fomentando sua implantação nas paróquias que ainda não existem) até o levantamento de dados locais para melhor compreensão da realidade.

Hoje, em um programa de rádio local, foi noticiado sobre o lançamento da CF-2012. Na oportunidade, o radialista disse: “No Brasil a saúde vai mal, em Jundiaí está indo muito bem”. Quanta desinformação! Tenho a impressão que a saúde precisa ser melhorada em todos os níveis de governo.

Quero lembrar, para contribuir com o conhecimento da realidade local, alguns dados sobre a saúde em Jundiaí:

1-   Há 10 anos, tínhamos o Hospital e Maternidade Jundiaí, a Casa de Saúde, o Hospital Santa Rita, o Hospital São Vicente de Paulo e, se formos um pouco mais para trás no tempo, o Hospital do Sesi. Todos eram conveniados com o SUS. Hoje só temos o Hospital Universitário e o Hospital São Vicente de Paulo. A cidade cresce e o número de hospitais diminuem.
2-   Em apenas uma década, a população da região do Eloy Chaves, Medeiros, Residencial Jundiaí I e II, Novo Horizonte e Fazenda Grande, dobrou. Estimo serem 50 mil habitantes hoje. É uma região distante do centro e tem dificuldades na saúde pública. O Governo Federal já disponibilizou R$ 2,2 milhões para construção de uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) para funcionamento 24 horas. Repassou R$ 200 mil para a Prefeitura de Jundiaí fazer o projeto da obra, há mais de um ano. Mas, até agora nada.
3-   Exames e consultas com especialistas chegam a demorar seis meses. Muitos pacientes ficam na fila das cirurgias esperando mais de 12 meses em diversos casos. O AME (Ambulatório Médico de Especialidades), prometido há 4 anos, se começar a atender a região, será às vésperas das eleições. O hospital regional, prometido como prioridade, se ficar pronto, será para a Copa do Mundo de 2014.
4-   O PSF (Programa Saúde da Família) e o médico da família, estão do mesmo tamanho há muitos anos. Só alguns bairros têm e não foi ampliado, em especial, para outros bairros mais populosos e/ou pobres da cidade. A Prefeitura abriu concurso para médicos, pagando um salário de R$ 3.961,39 por 20 horas semanais (4 horas por dia), enquanto nos hospitais e clínicas, o médico ganha mais que o dobro desse valor pelo mesmo período trabalhado. Como querem médicos se não pagam o que o mercado oferece?
5-   Já noticiado diversas vezes pela imprensa, sabemos que a Prefeitura não oferece serviços completos para o tratamento de dependentes químicos, um dos mais graves problemas de saúde pública. Faltam vagas e aumentam cada vez mais os pedidos. A internação terapêutica é uma das etapas do tratamento e tem sido indispensável para 1/3 dos casos. Não há planejamento e ações neste sentido.

O total das verbas destinadas à Saúde Pública em Jundiaí é composto da seguinte forma: Município entra com 66%; o Governo Federal com 31% e o Governo Estadual com 3%.

Se Jundiaí fosse uma cidade com baixa arrecadação, poucos recursos, pobre... daria pra entender um pouco. Mas pelo contrário, é uma das mais ricas do Estado! Então, como a Prefeitura pôde, com tantos recursos, deixar estas cinco situações acima acontecerem?

Gosto muito de Jundiaí, e pelo potencial econômico que a cidade tem, sei que poderia ser bem melhor. A falta de planejamento em saúde pública nos últimos dez anos, faz as pessoas sofrerem, às vezes de forma irreparável.

Vamos começar a CF-2012 com esta reflexão da realidade  e desafios em nossa cidade. Daqui uns 30 dias, vou escrever um resumo de propostas que já fiz para a Prefeitura.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Essa é pra cantar: Refogado do Sandi 2012 na boca do povo


GAZETEIRO REFOGADO
AUTORES: Wandão, Sandrinho do Cavaco, Jaci Tulipa e Claudinei Sete Cordas
EXTRA, EXTRA, EXTRA
O GAZETEIRO REFOGADO CHEGOU,
NO BOM DIA DA CIDADE
COM O PÊNDULO DA VERDADE
JJ ANUNCIOU
SOU REFOGADO, SOU ESSA FOLIA IMENSA
ESSE ANO VOU À RUA
EXALTAR A NOSSA IMPRENSA

ESSA ALEGRIA É SEMPRE VISTA
COM A MAIOR AUDIÊNCIA,
NA NOBRE REDE PAULISTA
E OUÇO EM TODA TONALIDADE
NOSSO SAMBA DIVULGADO
PELAS ONDAS DA RÁDIO CIDADE

VOU REFOGANDO AI
TO MUITO LOUCO
EU SOU DESTAQUE NA COLUNA DO PICÔCO,
POIS NESSE CARNAVAL EU SOU MAIS UM
TÔ NA TELINHA
TO COM VAL, ESTOU NO ZOOM

E O MEU BLOCO,
QUE HOJE É RARA BELEZA
DA UM CHUTE NA TRISTEZA
DA NOSSA GENTE DE BEM
E VAI AOS ARES
AFASTANDO OS MALES
ATRAVESSANDO MARES
ATRAVÉS DA TV TEM
SALVE ERAZÊ
TV JAPI
SALVE O JC
O IMPROVISO É ISSO AÍ

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Morre terceira vítima da 'Nova 9'. Até quando?

Foto: Marcelo Langue/Jornal de Jundiaí/15dejaneiro2012
Morreu no Hospital de Caridade São Vicente de Paulo a terceira vítima da falta de segurança na avenida 9 de Julho. Antonio Belmiro das Virgens, 41 anos, estava internado desde o último dia 15 de janeiro, após cair com seu carro no córrego da avenida, recém-reformada. Sem defensas ou guard-rails nas margens, essa é a terceira vítima da chamada 'Nova 9'.


Vale lembrar que a Prefeitura ficou de rever a ideia de que “o paisagismo é que faria a segurança” para veículos e pedestres após, no dia 27 de maio do ano passado, mãe e filha morrerem após também cairem no córrego.


Ainda no hospital, Belmiro havia concedido uma entrevista à repórter Tereza Orrú, do Jornal de Jundiaí, em que afirmava após o acidente: "Moro em Campinas, mas costumo vir a Jundiaí visitar meu irmão. Tinha observado que não tinha nenhuma proteção e que isso poderia causar acidente", disse. Belmiro recordou ainda que no dia do acidente chovia muito e, ao passar por um cruzamento um veículo passou em alta velocidade, cortando a frente do seu carro. Antes disso, já preocupado com a situação, este blog já alertava para o problema. "Pelo traçado e pelas características físicas, a avenida não é perigosa. Os acidentes ocorridos tiveram como causa a imprudência", afirmava o secretário de Obras, Sinésio Scarabello Filho, à época.


Na ânsia em defender a Prefeitura, alguns chegaram a acusar injustamente, nas redes sociais, a vítima mais recente de "estar embriagado", o que é ainda mais lamentável perante o sofrimento que as famílias passam em situações como esta. A morte de Belmiro foi anunciada no próprio Jornal de Jundiaí na seção de falecimentos do último dia 9, mas não foi repercutida, passando despercebida pela opinião pública local. (colaborou Emerson Leite)

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Para onde vai o dinheiro da Saúvas?

Em mais de dez anos atuando em contratos com a Prefeitura de Jundiaí, a empreiteira Saúvas já arrecadou mais de R$ 49 milhões em serviços muito questionados, como os terminais do Situ e a nova Rodoviária. 

Recentemente esta empreiteira teve seu contrato rescindido, quando era a responsável por executar obras no Parque Guapeva. Segundo justificativa, a empresa "não tem condições técnicas" para concluir a construção.

Assim, a empresa Jofege foi contratada sem licitação para tocar a obra, por um valor de quase R$ 3 milhões. Acontece que a Prefeitura já havia empenhado à Saúvas R$ 2,6 milhão pela mesma obra. Até o momento não há, nem na Imprensa Oficial, nem no Portal da Transparência nenhuma referência sobre o destino do dinheiro público da primeira assinatura. Ao mesmo tempo em que declara não poder concluir a construção, ainda está em vigor contrato com a Saúvas, no valor de R$ 3 milhões, para a manutenção de escolas da cidade. 

Às vésperas de sediar sua primeira Conferência de Transparência Social, essa é uma ótima oportunidade para que seja revelado o destino dessas verbas. De que forma o dinheiro voltou ou voltará aos cofres públicos?

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

GALO CAMPEÃO DO PAULISTÃO... EU ACREDITO!!!


Está lindo acompanhar nosso Galo no Paulistão desse ano. Mesmo sofrendo a cada jogo (quem esteve no último sábado no 3x1 contra o Catanduvense sabe do que estou falando!) acredito que podemos ser a surpresa do campeonato em 2012! Confio no sério trabalho que nossa diretoria está realizando em Jayme Cintra. Já somos bi-campeões da Copa Paulista e agora estamos livre da maléfica parceria com o Campus Pelé. A loja oficial no estádio está linda!! Foi uma ótima iniciativa de nosso departamento de marketing.

Agora clamo para que a fiel torcida jundiaiense compareça e prestigie nosso Galo!! No último jogo apenas 1603 fiéis torcedores compareceram ao Jayme Cintra!! Nosso Galo merece mais do que isso!!! Quinta-feira agora, às 17h, teremos o clássico contra o São Caetano. Vamos comparecer em massa!! Creio que poderemos disputar o título este ano!! Com fé, dedicação e garra classificaremos para a Série D e voltaremos a figurar, em um futuro próximo, entre as principais equipes de nosso país.
GALO CAMPEÃO DO PAULISTÃO... EU ACREDITO!!!

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

VINHEDO não quer crescimento desordenado. Prefeito de JUNDIAÍ deixa crescer de qualquer jeito!


Tentei suspender, por um período de seis meses, a construção de grandes obras em Jundiaí, só permitindo indústrias nas áreas apropriadas. O prefeito Miguel Haddad não quis, rejeitou o projeto de lei (veja matéria de março/2011) http://maisjundiai.blogspot.com/2011/03/prefeito-miguel-haddad-diz-nao-e.html). Isso daria tempo para a cidade repensar o seu crescimento, sua capacidade de mobilidade urbana, preservação dos mananciais, etc. O que se pretendia era garantir o crescimento ordenado preservando a nossa qualidade de vida. O prefeito preferiu continuar com o desplanejamento que vem ocorrendo em Jundiaí.

Em Vinhedo, com pouco mais de 60 mil habitantes, Ministério Público e Prefeitura vão assinar um documento não permitindo o crescimento desordenado da cidade. O promotor Rogério Sanches Cunha diz que neste período será possível fazer um mapeamento da cidade. Para ele, o conceito de “condomínio fechado” está equivocado. Ele quer novas alternativas urbanísticas para as construções futuras, preservando o meio ambiente. (veja matéria no link http://www.rac.com.br/noticias/campinas-e-rmc/115443/2012/01/31/vinhedo-proibe-loteamentos-fechados-e-condominios.html).

Aqui em Jundiaí tentei, por meio de lei, suspender só por seis meses. Em Vinhedo, todos concordam com cinco anos. Vamos tentar novamente, agora via Ministério Público de Jundiaí. Será que haverá o mesmo entendimento da lei? Ou o prefeito Miguel Haddad, que permite obras imobiliárias em qualquer lugar da cidade, vai fazer de tudo para impedir novamente? "A cidade que amamos não pode continuar sem um planejamento eficaz".