segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Picles caseiro, um petisco ótimo!

Esse picles eu fiz... 
E já comi um bocadinho!
Eu gosto de picles, mas os que eu acho por aí não são tão saborosos ou crocantes. Por isso eu prefiro fazer. Deixo aqui para vocês uma receita muito simples e saborosa. Reparem que as dicas do modo de preparo são o diferencial.

INGREDIENTES:

3 cenouras médias

3 pepinos japonês pequenos

[se você quiser substituir por outros legumes, tipo nabo ou couve flor, diminua proporcionalmente a quantidade de cenouras ou pepinos acima]

6 folhas de louro frescas

2 ramos de alecrim frescos (pedaços com 10cm cada um, mais ou menos)

6 dentes de alho frescos

2 pimentas dedo de moça frescas

500 ml de vinagre de vinho branco

2 colheres de sopa de vinagre balsâmico tinto

500 ml de água

1 colher de sopa (cheia) de sal

2 colheres de sopa (cheias) de açúcar mascavo ou demerara

2 vidros com 1 litro cada (com boca larga)

MODO DE PREPARO:

Lavar bem todos os ingredientes, inclusive as pimentas, o alecrim, dentes de alho e folhas de louro. Lavar bem os vidros e tampas e na sequencia esterilizar com agua fervendo. Reservar.

Cortar os legumes em pequenos cubos (tem gente que prefere em formato palito). Preparar uma panela com agua (cerca de 3 litros) e quando começar a ferver, colocar os legumes na seguinte ordem: cenoura e deixar ferver por 2 min, depois o pepino e deixar 30 segundos. Desligar o fogo e já colocar no escorredor. Reservar.

Agora em outra panela, colocar vinagre de vinho branco, água, vinagre balsâmico, açúcar mascavo, sal e alho. Enquanto começa a aquecer (e quando começar a ferver, deixar por 2 min) preparar nos vidros, separando metade dos ingredientes em cada um, e na seguinte ordem: no fundo, colocar o alecrim, as folhas de louro e as pimentas. Depois colocar os legumes. Quando estiver tudo nos vidros, colocar o caldo quente por cima dos legumes enchendo os vidros até a boca. Cubra com um papel toalha até esfriar um pouco. Fechar os vidros e levar a geladeira. Ficará pronto para consumo após 5 dias pelo menos. Dura uns 3 a 4 meses na geladeira.

Quando fizerem, me contem como ficou!


terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Por que adiar a volta às aulas?

Em março de 2020 muitos imaginavam que essa pandemia por Covid-19 faria a suspensão das aulas acontecerem por 3 ou 4 meses apenas. No mundo todo ainda não se tinha a dimensão do impacto do vírus, do comportamento social e da falta de postura assertiva de alguns governos. Completamos o ano com as escolas sem alunos e iniciamos 2021 em meio a um bom debate e sobre retornar ou não as aulas presenciais, mesmo que de forma híbrida, ou seja, um meio a meio, não exatamente nas mesmas proporções. Os olhares de quem defende, ou é contra, vão do psicológico ao social, do pedagógico à saúde pública. Mas cada coisa tem seu peso nessa decisão!

CONSTATAÇÕES:

Essa parada repentina acabou revelando ainda mais a deficiência, ou inexistência, de um modelo suplementar de aulas e interação por plataformas digitais educacionais. Assim como a surpresa para maioria dos educadores no uso destas tecnologias, até porque não era necessário, quer seja pelo aspecto técnico, de desenvoltura de cada um diante da “telinha” do computador ou até mesmo pela ausência de equipamentos de informática e conteúdos próprios. Muitos "seguraram a onda" até que bem.

No final do ano passado, quando os governos discutiam o retorno às aulas em 2021 e em quais formatos, o cenário da pandemia no Brasil ainda não se mostrava tão galopante e assustador como agora. Em novembro de 2020 a média de óbitos por corona vírus estava em torno de 400 pessoas por dia (que já não era pouco). Do dia 10 de janeiro até hoje, á média é mais de 1.000 pessoas por dia. Especialistas apontam que se não houver forte distanciamento social e barreiras que impeçam aglomerações, até que a maioria da população seja vacinada - o que, pelo andar das coisas, não atingirá esse nível no primeiro semestre - ainda teremos um cenário alto de óbitos e pessoas sendo contaminadas.

A VOLTA ÀS AULAS:

Alguns argumentos favoráveis para volta às aulas (presencial total ou parcial): a) nas famílias os adultos trabalham e contam com os períodos escolares para que possam "ficar com os filhos". Quando se trata de escola em período integral, ainda é uma justificativa plausível. Mas a maioria dos alunos estudam meio período. São avós, irmãos mais velhos ou "alguém" da família que fazem as vezes de babá e resolvem a questão; b) prejuízo da falta de convivência dos alunos pela quebra repentina da rotina e da socialização. É um apontamento correto e válido, mas não pode ser tratado isoladamente; c) perda pedagógica de conteúdos, e mais ainda quando comparada às boas escolas particulares, o que também tem fundamento. Todos perdemos, nas escolas públicas, mais. Mas por acaso vamos conseguir reparar este desnível ou deficiência bem agora?

Os argumentos contrários a volta às aulas: a) a segunda onda voltou forte e não teremos vacina suficiente para boa parte da população brasileira até metade deste ano; b) crianças e adolescentes também "levam e trazem" o vírus Covid-19 (aquela idéia de que esse índice é muito baixo, vem caindo a cada semana). Portugal decidiu suspender as aulas por 15 dias semana passada - não fazê-las remotas - seria como férias extras, por conta da forte onda de contaminação que voltou ao país; c) novas cepas do corona vírus tem sido detectadas. Até agora não é nenhuma "formação de novo vírus" mas já se diagnosticou que é mais contagioso do que há seis meses, por exemplo.

Por tudo isso defendo que as aulas das escolas públicas, e particulares também (afinal, distanciamento e precaução são para todos), adiem o retorno presencial parcial para março ou quando houver maior estabilidade. Até lá, que se inicie como no ano passado e que se aprimorem nas escolas públicas as plataformas digitais e de conteúdos. O modelo híbrido veio pra ficar - já era pensado bem timidamente, e agora entrou na pressão, o que não significa que será metade do tempo presencial e a outra metade, remota - mas que seja introduzido, devidamente dosado, bem utilizado e visto como ferramenta complementar. Afinal, o processo de educação deve também ter a dimensão de preparar os cidadãos para os desafios da sociedade contemporânea, inclusive no mundo digital. Portanto, sem relutância, devemos investir e nos capacitar para tal realidade, sem expor as crianças, as famílias e a sociedade neste momento! Por tudo que passamos, e estamos vivenciando hoje, manter por 30 dias as aulas exclusivamente remotas, para uma melhor e coerente análise da pandemia, é urgente! Todo mundo pedindo para não aglomerar e nós vamos iniciar as aulas semipresenciais justo agora nesse cenário? A saúde e a vida vem como prioridade!

sexta-feira, 22 de maio de 2020

Meus 25 anos de vida pública: desafios e superações

O ex-secretário de Educação e vice-prefeito de Jundiaí, Durval Orlato, completa  25 anos de vida pública e, como ele costuma enfatizar, com uma “trajetória ficha limpa”. 

Reproduzo aqui, na íntegra, minha entrevista para o Tribuna de Jundiaí (https://bit.ly/2LLm0wV)

Casado com Maria Eugênia há quase 38 anos, ele tem 3 filhos, 2 noras, 3 netos.
Durval é formado e pós-graduado em administração, foi ferramenteiro e coordenador de projetos em empresa multinacional instalada na cidade.
Também ex-vereador e deputado federal, ele ocupa hoje o cargo de secretário de governo e gestão em Campo Limpo Paulista.

Durval Orlato continua ativo na política regional, pois é tido como um articulador pragmático e estrategista. Atualmente, não está filiado a nenhum partido, mas a experiência adquirida ao longo do tempo está sendo muito requisitada , segundo ele.Assim, ele deve oferecer ajuda a alguns candidatos amigos das cidades da região, com destaque para Campo Limpo Paulista.

Confira entrevista:

Tribuna de Jundiaí: Neste mês você completou 56 anos de idade e 25 anos na atividade política. Por qual motivo preferiu largar a carreira dentro de uma empresa multinacional para ingressar na área política?
Durval Orlato: Estava há 18 anos na empresa Takata-Petri em Jundiaí, nos setores de Ferramentaria e Engenharia. Em 1995, recebi o convite para ser candidato a vereador, momento em que também participava ativamente das pastorais da Igreja Católica, além de ser o presidente da Cooperativa dos Funcionários desta empresa. Conversei com minha esposa, minha família e comecei a fazer contatos. Topei para fazer uma experiência, e o que era um teste, virou realidade. Fui eleito vereador no ano seguinte.

Tribuna: Nestes 25 anos, destaque os melhores momentos e que mais te marcaram na vida pública.
Durval: Sair do meio da fábrica, da rotina técnica e profissional, para fazer reuniões nos bairros (no início muito pouco de internet, nada de celular e whatsapp não existia) foi uma experiência ímpar, um novo olhar para a cidade. Depois quando fui deputado federal, entender Brasília e como funcionava (ou não) de perto as coisas, ajudando as cidades, foi marcante. E como secretário de Educação de Jundiaí, poder contribuir com as crianças e conhecer tanta gente boa na rede pública, foi emocionante. Além de muitos outros momentos, claro.

Tribuna: Neste período você viu a transformação do jeito de se comunicar com o eleitor. As cartas perderam espaço para o Facebook e o olho no olho para o whatsapp. Na sua opinião, qual a melhor forma de convencer o eleitor a votar em um candidato hoje?
Durval: Nada substitui a eficácia de uma boa conversa, olho no olho. Mas em cidades grandes, com a vida agitada de todo mundo e a falta de tempo que se tem, as redes sociais, quando bem utilizadas, são um instrumento de comunicação muito bom. Mas precisa saber usar, tanto whatsapp como facebook, senão fica maçante e até os amigos mais próximos tendem a não dialogar mais, só ficam fazendo conversas pelas redes sociais e pouco convivem.

Tribuna: Nestes 25 anos de vida pública, quantas eleições você disputou? E quais cargos públicos ocupou? Qual sua formação profissional?
Durval: Disputei sete eleições. Ganhei cinco e perdi duas. Fui vereador três vezes (em épocas diferentes), deputado federal e vice-prefeito de Jundiaí. Fui engraxate (acho que nem existe mais), ferramenteiro, desenhista, coordenador de projetos, consultor, professor universitário. Sou formado e pós-graduado em administração.

Tribuna: Por ser muito pragmático e objetivo em suas posições também, você já foi muito perseguido por fake news. Você já enfrentou processos judiciais? 
Durval: As mentiras estão cada vez mais crescentes, ainda mais pelo mau uso das redes sociais e pelo alcance da tecnologia. A transparência, por sua vez, também melhorou muito, felizmente, para que todos possam ter acesso aos dados de quem ocupa cargos públicos. Não tenho nenhum processo correndo na Justiça e nunca fui condenado em nenhuma instancia do judiciário. Ficha limpa a vida toda, um zelo com meu nome e de minha família. Já tentaram manchar minha imagem com algumas poucas “denúncias vazias” e que sequer iam adiante, mas a verdade prevaleceu.

Tribuna: O que podemos esperar de Durval Orlato nas eleições de 2020 e para o futuro político? Qual o seu grande sonho?
Durval: Este ano quero ajudar os amigos que são pré-candidatos. Em Jundiaí, Campo Limpo e outras cidades da região. Creio que minha experiência e formação em administração e planejamento estratégico, podem ajudá-los. Espero continuar atuando por mais alguns anos no Poder Executivo. Meu sonho, bom, não era o que diria se me entrevistassem há 3 anos, mas hoje é ver as relações sociais se harmonizarem de novo, entre amigos, na família, na sociedade. Tanto estresse, tensões políticas, clima de disputa, desentendimentos. Penso que é uma fase, um ciclo, mas meus netos – eu tenho três – merecem ter uma situação melhor.

Tribuna: Você está filiado a algum partido político?
Durval: Sem partido há 5 anos. Cultivei boas amizades em vários grupos políticos, se tive momentos de inimizades, já esqueci, pois faço o exercício constante de lembrar dos bons momentos da vida. Gosto de política, da boa relação e construções sociais, pois ainda acredito ser o melhor caminho democrático.

Tribuna: Eleições com coronavírus. Você acha que muita coisa muda politicamente nos cenários das cidades?
Durval: Situação de dupla dificuldade, pois boa parte das cidades estava se recuperando, até que bem, dos últimos 5 anos de crise econômica e aí aparece o coronavírus. A forma de se relacionar com os cidadãos ficou mais sensível. É um momento de medo, incertezas e fé redobrada. Quem está ocupando mandato de prefeito atualmente tem a oportunidade de se solidarizar mais e ajudar no acolhimento das pessoas. Quem pretende ser candidato a este cargo, precisa se reinventar como oposição em suas cidades. E, ainda, ao modo brasileiro de ser, infelizmente, não há unidade de estratégia entre governos federal e estadual, o que pode complicar mais a saúde pública e o momento eleitoral.

domingo, 22 de dezembro de 2019

O melhor hamburguer caseiro

Hamburguer ao ponto, crocante
por fora, rosado por dentro!
Na internet existem dezenas de dicas sobre como produzir e preparar hamburguer caseiro. O que pretendo aqui é selecionar, dentre minhas diferentes experiências na fabricação destas receitas, e mostrar duas variações que deram muito certo. Pra mim, as melhores.
Vou classificar assim: Hamburguer Gourmet (que valoriza temperos, blends de carnes, especiarias na composição e ficam suculentos após preparo) e o Hamburguer Raiz (que valoriza prioritariamente o paladar das carnes usadas no preparo e que também ficam suculentos após preparo). Fiz de vários tipos, com vários blends de carne, com mais ou menos especiarias, etc. Abaixo, as duas receitas que mais gostei:

HAMBURGER GOURMET
450 g de fraldinha (pode ser contra-filé também), deixando um pouco da capa de gordura (não sebo)
450 g de coxão-duro (pode ser patinho também), tirando toda gordura.
100 g de panceta de porco (sem a pele).
4 dentes de alho (ou o equivalente de pasta de alho puro)
1/2 cebola grande
1 ovo (só a clara)
2 colheres de sopa de azeite
Pimenta do reito a gosto (moido na hora de fazer)
1 colher de sobremesa de orégano
2 colheres de sopa de salsinha bem picada
NÃO colocar sal no preparo (o sal retira a umidade e maciez da carne). Você pode adicionar o sal no preparo se tiver certeza que vai preparar e servir imediatamente. Se for congelar, ou achar que "vai sobrar", não acicione sal.

MODO DE PREPARO: Peça no açougue para pesar em separado as quantidades de carne (fraldinha, coxão-duro e panceta sem pele) e depois moer juntas (passar duas vezes), ou se tiver processador em casa, também fica bom. No liquidificador ou mixer, junte os dentes de alho, o ovo (com clara e gema), o azeite, a pimenta, o orégano e a cebola em pedaços. Bater tudo. Não colocar sal. Junte esta pasta de temperos à carne moida e mexa bem até ficar bem misturado. Levar à geladeira e deixar de 20 a 30 min. Depois, faça bolotas de carne, com mais ou menos 170 a 200 gramas, e amasse com as mãos (o ideal é ter aquelas formas próprias para moldar hamburguer). Pronto, pode colocar em saquinhos próprios para congelar (separando um hamburguer do outro) ou ir direto para o preparo. Pães, folhas verdes, queijo prato, etc... vai da criatividade e gosto de cada um.

HAMBURGUER RAIZ
500 g de alcatra (pode ser coxão-mole também), deixando um pouco da capa de gordura, não muito.
400 g de ponta de peito (pode ser acém também), tirando toda gordura.
100 g de panceta de porco (sem a pele)
3 dentes de alho (ou o equivalente de pasta de alho puro)
1 colher de sopa de azeite
1/4 cebola grande
Pimenta do reino a gosto (moido na hora de fazer)
NÃO colocar sal no preparo (o sal retira a umidade e maciez da carne). Neste estilo de churrasco, não se adiciona sal de jeito nenhum, só na hora do preparo.

MODO DE PREPARO: Peça no açougue para pesar em separado as quantidades de carne (picanha, ponta de peito, panceta sem pele) e depois moer juntas (passar duas vezes), ou se tiver processador em casa, também fica bom. Moer bem o alho. Não colocar sal. Junte o alho, o azeite, a cebola batida e a pimenta do reino à carne moida e mexa bem até ficar bem misturado. Levar à geladeira e deixar de 20 a 30 min. Depois, faça bolotas de carne, com mais ou menos 170 a 200 gramas, e amasse com as mãos deixando a espessura homogênea (o ideal é ter aquelas formas próprias para moldar hamburguer). Pronto, pode colocar em saquinhos próprios para congelar (separando um hamburguer do outro, dura até 3 meses no freezer) ou ir direto para o preparo (adicionando sal a gosto neste momento). Quando pronto, servir no prato com outros acompanhaentos que desejar. Ou se desejar o lanche, juntar pães, folhas verdes, queijo prato, etc... vai da criatividade e gosto de cada um.

GRELHA, CHAPA OU FRIGIDEIRA?
Aqui, a parte importante.
Para ambos os tipos de hamburguer, prefira a chapa (de fogão ou a de colocar na churrasqueira, tanto faz), pois mantém mais a temperatura constante e não deixa perder o caldo quando assa. A temperatura deve ser média-alta e mantida assim durante o processo. Portanto, deixe a chapa esquentar bem, coloque um fio de azeite ou manteiga, coloque os hamburgueres em quantidade que não resfrie demais a chapa e ADICIONAR SAL deste lado. Deixe dourar bem antes de virar pela primeira vez. Ao virar, coloque MAIS UMA PITADA DE SAL e uma tampa para abafar e acompanhe o processo (mal passado, ao ponto ou bem passado - sem esturricar de tanto fritar, seria um crime). Varia de churrasqueira ou fogão, mas o tempo de preparo é de 5 a 8 minutos.

Estes dois estilos e nestas quantidades, foram os que mais apreciei. No meu preparo preferido vai hamburguer ao ponto, sem pão, no prato acompanhado de salada de folhas verdes diversas e uma cerveja encorpada artesanal.

domingo, 18 de agosto de 2019

O equilíbrio político e social é possível?


Nem muito a esquerda, nem muito a direita! Mas não significa a mistura dos extremos. Busco harmonia, ponderação, fé libertadora e construtivismo social. Será buscar demais? Desde que deixei o PT, tem mais de 4 anos, e com meu histórico e trajetória de vida, confesso que não é fácil.

Vou começar por algumas frases que me fizeram refletir neste sentido:

“Meu filho, guarde consigo a sensatez e o equilíbrio, nunca os perca de vista” (Provérbios 3, 21)
“A vida é igual andar de bicicleta. Para manter o equilíbrio é preciso se manter em movimento” (Albert Eistein)
“Quem não sabe o que busca, não identifica o que acha” (Immanuel Kant)
“O segredo da mudança é não focar toda sua energia em lutar com o passado, mas em construir o novo” (Sócrates)
“Mude, mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade” (Clarice Lispector)
Não se trata de abrir mão de valores essenciais – da defesa da vida, da justiça social, dos princípios cristãos, da família – mas de compreender que certas convicções eu posso aplicar de outro jeito, com outro olhar, com mais ponderação, ouvindo mais as pessoas que querem chegar ao mesmo lugar por caminhos diferentes. Se faz necessário também remodelar outras convicções ideológicas que foram se turvando nos grupos sociais ao longo destes últimos trinta anos. A narrativa de ontem, não é adequada hoje!

A sociedade, considerando-se o comportamento explícito e implícito que observamos, está dividida hoje em dois grupos posicionados aos extremos (uso aqui os termos pejorativos populares para cada grupo): 15% da ameaça comunista e 15% de bolsominions da neodireita. Os demais 70% da população, não importando em quem votaram para presidente, desejam mais resultados objetivos, ações coerentes, transparência e uma nova postura política. Nenhum dos extremos consegue sustentar isso. Esta população dos “setenta por cento”, não são os petralhas e nem bolsominions, mas muitas são embaladas a tomar um lado, mesmo que não concordem com nenhuma das duas posições ideológicas. Parece a síndrome da obsolescência perceptiva, onde você é induzido a consumir o que não necessita! E o atual presidente, infelizmente, incentiva essa rinha o tempo todo.

Num estado democrático, livre, de direitos e deveres, construído ao longo destas últimas décadas, mesmo que ainda não bem consolidado, podem existir grupos políticos das mais diversas vertentes. Todos têm direito de expressão, com diversas ideologias (e elas estão lá, em cada frase, em cada atitude, mesmo que digam que não). Tenho pra mim (por conta da incapacidade da esquerda de autoanálise e reposicionamento social, e da direita, que assume o poder com um discurso do “bem contra o mal” para se firmar) que grande parcela da sociedade não vai ficar satisfeita, nem com um e nem com outro. Precisamos de equilíbrio, de apontarmos para o centro ponderado.

É hora de reconstrução social em primeiro lugar. Ou fazemos isso, ou ainda teremos amigos de outrora se desunindo cada vez mais, parentes que tinham bom convívio sendo intolerantes, irmãos da mesma comunidade entendendo os ensinamentos cristãos de acordo com o “lado” que adotaram ou foram empurrados aceitar. Estou partilhando a ponderação, o equilíbrio do possível, pelo diálogo mais desapegado e farei, o quanto possível, essa reflexão com as pessoas.