sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

O melhor de 2016: trabalho, família e amigos

Parece ser hábito fechar o ano fazendo um balanço geral. Então que seja o essencial, e de coisas boas, não só deste ano. Vamos lá:

       No trabalho implantei, no Município de Jundiaí, os kits uniformes escolares (não existia a entrega gratuita pela prefeitura), trouxe o Instituto Federal de Ciência e Tecnologia (universidade pública que já está em atividade), os livros didáticos para os alunos das escolas municipais (de editoras e autores renomados), a ampliação da Educação de Jovens e Adultos (dobramos o número de alunos), o Simpósio da Educação (com troca de experiências e de projetos entre os educadores) e muitas outras coisas boas. Os amig@s que conheci, convivi, discordei e aprendi a conhecer, respeitar e amar. Quanta gente boa que vai ficar pra sempre na minha história. Amizades que fiz na prefeitura, enfim, obrigado gente!
      Na família a graça de ver meus filhos e netos se desenvolverem. De ter uma esposa companheira, amante, cúmplice e tolerante comigo nestes 34 anos de casados. Aprender com os desafios de cada um dos três filhos, das duas noras, e de meus dois netos (por enquanto, tô fazendo uma pressão saudável pra venham mais netos). Se tem uma coisa que vale a pena é reunir a família, em viagens, festas e momentos especiais. Conviver mais, mesmo que tenha a sensação de ser pouco (os pais sempre acham pouco), e isso fizemos até que bem neste ano que se encerra. Na essência, a família deve ser o centro e a motivação de nossas vidas.
     Na sociedade pude conhecer melhor as pessoas. Visitei lugares, entidades e participei de eventos que nunca tinha comparecido antes. Fiz novas amizades que espero cultivá-las, reaprendi sobre amigos mais antigos, e me aborreci parcialmente com alguns, poucos felizmente. Encontrei alguns alunos meus da faculdade de administração, já com filhos grandes, que me saudaram calorosamente. Gratificante. Agradeço a Deus todas essas oportunidades e que me ajude a cuidar da saúde. Obeso sempre tem umas coisas a mais pra ficar atento.

Deve ter faltado muita coisa que rendeu momentos de felicidade. Desafios? Problemas? Enfrentei e resolvi muitos e ficaram pra frente outros tantos (que graça teria se acabassem todos, não é?). Alguns poderão dizer: “Durval, você vai terminar sem falar de impeachment, do Temer, da economia”? Sim. Essa retrospectiva foi só de coisas boas. As ruins os jornais vão dizer. E que venha 2017, estou pronto!

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Propostas novas para Jundiaí em 2017

Qualquer candidato a vereador do nosso grupo em Jundiaí tem diversas propostas para defender. O dirigente estadual do partido, e atual vice-prefeito, Durval Orlato, aponta algumas bandeiras que defende e sugere aos candidatos a vereador:

HABITAÇÃO
CONSTRUIR MORADIAS PARA QUEM ESTÁ NO ALUGUEL
O cadastro municipal deve ser revisto para priorizar que reside em Jundiaí, comprovadamente, há mais de 5 anos. Metade das unidades habitacionais disponibilizadas na cidade, devem ser destinadas a quem paga aluguel e a outra metade para os núcleos de submoradias. Em todos os casos, manter o critério social de classificação.


INFÂNCIA
IMPLANTAR O PROGRAMA MUNICIPAL PARA O DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Os primeiros 1.000 dias (cerca de três anos) do bebê são considerados os mais importantes para a formação do indivíduo. O plano municipal consiste em estabelecer metas e prioridades relacionadas às crianças nesta faixa etária em diversos setores, como educação, saúde, assistência, convivência familiar e outros, em acordo com as diretrizes nacionais. Trata-se da formulação de ações municipais que fomentem e coloquem o desenvolvimento das crianças como prioridade.


EMPREGO
INSTITUIR O PROGRAMA “TRABALHO NA PRAÇA”
Os parques e praças públicas devem ter espaços mínimos definidos para possibilitar a instalação de barracas e quiosques com fins comerciais para pequenos empreendedores. Isso poderá gerar mais empregos e presença de pessoas nas principais praças e parques da cidade.


CULTURA
CRIAR O FESTIVAL DE MÚSICA COM BANDAS DA CIDADE
Organizar o festival anual com bandas jundiaienses de vários gêneros musicais, autorais e cover, onde as três primeiras colocadas de cada categoria, passam a tocar nos eventos oficiais e tradicionais da cidade. Incentivo pra galera das bandas locais.


MULHERES
IMPLANTAR CASA DE PARTO NATURAL
Os procedimentos tradicionais que deveriam ser "normais" acabam tendo excessos de intervenções e medicalização. O parto passa de sua normalidade a um evento repleto de procedimentos e interferências realizadas de forma rotineira e, muitas vezes, desnecessárias. Na casa de parto batural há acompanhamento médico com pouca interferência e humanizado. Defendemos a implantação da Casa do Parto Natural em nossa cidade como outra opção para as mulheres.


MEIO AMBIENTE
IMPLANTAR O TRATAMENTO DE RESÍDUOS
Atualmente todo lixo que sai de nossa casa vai para os aterros e lixões cada vez mais distantes e a um custo maior. A proposta é fazer a separação e o beneficiamento de todos os resíduos da cidade a fim de proporcionar a geração de renda e sustentabilidade.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

O otimista e o avestruz

O otimista é tido, por uma definição superficial e popular, como aquela pessoa que só vê o lado positivo em tudo que acontece no dia a dia. Não é apenas aquele bem humorado ou risonho, mas sim o que procura mostrar que tudo tem um lado bom muito maior. O avestruz é aquela ave que, criou-se o mito, esconde a cabeça no buraco quando vê o perigo. Por isso, fala-se em “síndrome do avestruz” quando alguma pessoa não enfrenta o problema e se esconde atrás de coisas frágeis ou faz de conta que o problema não existe.

O comum seria admirar os otimistas – ao menos neste estereótipo popular – e taxar aqueles com síndrome de avestruz como medrosos ou negativistas. Porém alguns estudos demonstram que estes comportamentos podem ter algo em comum: a insegurança em encarar, ou discernir, a realidade na sua totalidade. É uma zona de conforto desprezar os problemas e só enxergar o lado positivo, desviar deles, fazer de conta que não está vendo ou deixar para depois.

Assim, temos o “otimista-avestruz” encontrado, infelizmente, com maior frequência na sociedade moderna, sendo aquele que só vê as coisas boas em tudo, mas desvia dos problemas ou faz de conta que não existe. Quem tem esse comportamento, tende a não gostar muito de planejar as coisas, pois teria que lidar com pontos fracos e tratar de solução de problemas em potencial, e essas coisas não combinam com seu estilo. O “otimista-avestruz” quando precisa resolver algum problema, que não dá mais para desviar, tende a querer tomar uma decisão simples para combater problemas complexos. Não faz diálogos coletivos com as pessoas envolvidas e não trabalha com as variáveis, toma decisão por impulso achando que “tudo vai dar certo.” Poucas vezes dá certo como poderia dar.

Porém o verdadeiro otimista não tem essa definição do estereótipo popular. O otimista clássico é atributo do comportamento de um líder e não é aquela pessoa sonhadora que vive fantasiando. Não significa que vê absolutamente tudo “cor de rosa”, sem se importar com as consequências e sem razão alguma, ou sem aceitar a realidade como ela é. Ele pode ver e reconhecer perfeitamente as dificuldades, mas não se afoga nelas, e as considera uma oportunidade para mudar, melhorar e crescer. Uma pessoa otimista é confiante e está convencida de que cada problema representa novas possibilidades.

Pode-se aprender a ser um otimista de verdade, como atributo de um líder? Sim, desde criança, na família e na escola. O otimismo verdadeiro permite valorizar as nossas melhores qualidades e as dos outros, sem exageros, nem julgamentos extremos. Trata-se simplesmente de ver as coisas como elas são, colocando cada erro e inconveniente em seu lugar, somente isso. É um verdadeiro atributo da inteligência emocional. De uns tempos pra cá, tenho me vigiado para aprender cada vez mais a ser um otimista de verdade.

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Conhecer, analisar e agir

O processo de decisão passa por essas três etapas fundamentais: conhecer, analisar e agir. Tanto para resolver problemas, traçar novos objetivos de vida ou mudar de emprego, é preciso decidir. E quanto mais complexa a decisão que devemos fazer, mais precisamos verificar as variáveis envolvidas – boas ou ruins, diretas ou indiretas – para que se tenha segurança e convicção na decisão tomada. A mente humana tem uma tendência natural em processar as coisas deste jeito. Porém, em um mundo tão agitado e superficial como o de hoje, onde parece que “todos têm que saber de tudo o tempo todo” (aliás, a lógica das redes sociais), precisamos reafirmar e retomar o processo natural de tomada de decisão.

E cada etapa tem suas particularidades. 1- Conhecer: pressupõe um levantamento da realidade, percepções, coleta de detalhes e verificação das informações sobre o assunto (se as fontes são confiáveis, quais as opiniões distintas dos amigos que concordam ou discordam e outras experiências semelhantes). 2- Analisar: depois de todas as informações coletadas e conhecidas, é hora de ponderar e dar o devido peso a cada uma. Verificar efeitos colaterais que possam surgir e como administrar. Com base em seus valores sociais, religiosos, profissionais ou outro que convier, é hora de julgar o conjunto de informações e escolher o melhor. 3- Agir: feita a escolha mais ponderada, é hora de colocar em prática, planejar e estimular você e a equipe nesta nova missão. Quando uma decisão é partilhada, bem construída, causa transformação e alegria. Não permita que os primeiros tropeços causem arrependimentos, nem dê ouvidos aos pessimistas.

Todo processo de tomada de decisão é para melhorar a sua vida e daqueles com quem você convive e se relaciona. Desta forma, se for uma decisão que envolve questões familiares, por exemplo, é sempre bom que todos participem desde o início. O mesmo vale para o ambiente de trabalho.

O que pode atrapalhar um processo de decisão: ansiedade. Ficar ansioso é natural, faz você se mexer, porém quando ocorre precipitação, significa que a ansiedade queimou as etapas, pode acontecer de “meter os pés pelas mãos.” Outro fator que pode atrapalhar é se deixar levar somente pela emoção ao decidir. Nem só emoção nem só razão. Conter os impulsos do momento é importante. O medo da mudança também precisa ser superado. Decidiu-se e foi um processo bem tranquilo e ponderado? Agora toca em frente. Ajusta alguma coisa, se necessário, sem mudar a direção. A relutância não pode ser confundida com prudência. Tem decisões que precisam de maturação, mais tempo e reflexão. Outras precisam de rapidez, convicção e ousadia. Tem coisas que se deixar passar, depois fica difícil consertar.

Ver também: A arte da estratégia

Artigo publicado no Jornal de Jundiaí em março de 2016: http://www.jj.com.br/colunistas-2297-conhecer-analisar-e-agir

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Previdência outra vez?

As políticas previdenciárias sempre estiveram conectadas com as concepções ideológicas, políticas e sociais. Quando vai tudo bem na economia de um país, os desequilíbrios e injustiças aparecem menos. Porém, na crise americana de 1929, conhecida como a Grande Depressão, o modelo de capitalismo de mercado ficou exposto, pois não conseguiu dar respostas aos milhões de trabalhadores que ficaram desempregados e, por decorrência, não podiam mais sustentar os familiares mais velhos. Estava evidenciada a inexistência de políticas previdenciárias, cuja natureza de “seguridade e solidariedade” não é compatível com o capitalismo de mercado.

Na mesma década no Brasil, o marco inicial da previdência foi em 1923, através da “Lei Eloy Chaves” com as caixas de aposentadorias e pensões por empresa. Depois, ocorreram várias inclusões de outras categorias de trabalhadores ao longo das décadas seguintes. Mas, só em 1988, com a reforma da Constituição Federal, é que foi criado o Instituto Nacional de Previdência Social – INPS. O equilíbrio das contas deste novo instituto estava embasado no tempo de contribuição do trabalhador (30 anos mulher e 35 homens), independente da idade; no índice de fecundidade alta do brasileiro (média de 4,3 filhos por mulher em 1980); e no índice de expectativa de vida (média de 62,5 anos em 1980). Em 1997, cerca de 58% dos aposentados tinham menos de 50 anos de idade, sem contar as aposentadorias especiais. Portanto, o Regime Geral da Previdência Social no Brasil, nasceu considerando índices do passado e não prospecções futuras. Só para comparação, em 2013 estes mesmos índices são: fecundidade (média de 1,53 filhos por mulher) e expectativa de vida (média de 74,9 anos).


A questão previdenciária é desafio recente em todo o mundo. Aqueles países que entenderam a lógica de garantir um envelhecimento saudável e com qualidade de vida para todos, independente do montante que contribuíram individualmente, estão se saindo melhor. A idade média para aposentar nestes países, varia de acordo com o modelo de vida e cultura socioeconômica que possuem.


Portanto, não dá pra fazer outra reforma na previdência brasileira, colocando mais um elemento surpresa ao trabalhador, como aposentadoria por idade mínima. O fator previdenciário posto em 1998 e reformulado agora em 2015, já dá conta disso. Quem começa trabalhar cedo vai somar mais rápido a idade e a contribuição (o resultado desta soma possibilita a aposentadoria quando as mulheres atingirem 85 pontos e os homens 95 pontos). Não é perfeito, mas mudar novamente, em tão pouco tempo, é injusto.


Artigo publicado no Jornal de Jundiaí em fevereiro de 2016: http://www.jj.com.br/colunistas.asp?codigo=2206