segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Conhecer, analisar e agir

O processo de decisão passa por essas três etapas fundamentais: conhecer, analisar e agir. Tanto para resolver problemas, traçar novos objetivos de vida ou mudar de emprego, é preciso decidir. E quanto mais complexa a decisão que devemos fazer, mais precisamos verificar as variáveis envolvidas – boas ou ruins, diretas ou indiretas – para que se tenha segurança e convicção na decisão tomada. A mente humana tem uma tendência natural em processar as coisas deste jeito. Porém, em um mundo tão agitado e superficial como o de hoje, onde parece que “todos têm que saber de tudo o tempo todo” (aliás, a lógica das redes sociais), precisamos reafirmar e retomar o processo natural de tomada de decisão.

E cada etapa tem suas particularidades. 1- Conhecer: pressupõe um levantamento da realidade, percepções, coleta de detalhes e verificação das informações sobre o assunto (se as fontes são confiáveis, quais as opiniões distintas dos amigos que concordam ou discordam e outras experiências semelhantes). 2- Analisar: depois de todas as informações coletadas e conhecidas, é hora de ponderar e dar o devido peso a cada uma. Verificar efeitos colaterais que possam surgir e como administrar. Com base em seus valores sociais, religiosos, profissionais ou outro que convier, é hora de julgar o conjunto de informações e escolher o melhor. 3- Agir: feita a escolha mais ponderada, é hora de colocar em prática, planejar e estimular você e a equipe nesta nova missão. Quando uma decisão é partilhada, bem construída, causa transformação e alegria. Não permita que os primeiros tropeços causem arrependimentos, nem dê ouvidos aos pessimistas.

Todo processo de tomada de decisão é para melhorar a sua vida e daqueles com quem você convive e se relaciona. Desta forma, se for uma decisão que envolve questões familiares, por exemplo, é sempre bom que todos participem desde o início. O mesmo vale para o ambiente de trabalho.

O que pode atrapalhar um processo de decisão: ansiedade. Ficar ansioso é natural, faz você se mexer, porém quando ocorre precipitação, significa que a ansiedade queimou as etapas, pode acontecer de “meter os pés pelas mãos.” Outro fator que pode atrapalhar é se deixar levar somente pela emoção ao decidir. Nem só emoção nem só razão. Conter os impulsos do momento é importante. O medo da mudança também precisa ser superado. Decidiu-se e foi um processo bem tranquilo e ponderado? Agora toca em frente. Ajusta alguma coisa, se necessário, sem mudar a direção. A relutância não pode ser confundida com prudência. Tem decisões que precisam de maturação, mais tempo e reflexão. Outras precisam de rapidez, convicção e ousadia. Tem coisas que se deixar passar, depois fica difícil consertar.

Ver também: A arte da estratégia

Artigo publicado no Jornal de Jundiaí em março de 2016: http://www.jj.com.br/colunistas-2297-conhecer-analisar-e-agir

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