quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Jundiaí cresce, mas a que preço? (p.1)

Estão aprovadas na Prefeitura – dentre imóveis habitacionais, comerciais e industriais – 15 mil novas unidades. A maioria habitacional. Se nos próximos três anos estas construções estiverem prontas, teremos um crescimento e tanto (hoje são cerca de 90 mil imóveis na cidade). Mais gente, mais carros, mais consumo, mais utilização de leitos hospitalares, escolas e creches, trânsito, enfim... a cidade tem de crescer junto, ou na frente, se possível.

A maioria dos novos proprietários é das classes A, B e C porque as famílias das classes D e E terão poucas oportunidades. Muitos jundiaienses tradicionais verão seus filhos sem condições de morar na cidade de seus pais. É quase um 'apartheid imobiliário': os que têm condições financeiras vêm morar em Jundiaí. Os que não têm, vão para as cidades vizinhas. Mas é inegável que vamos receber o fluxo de toda a região para entretenimento, trabalho, comércio e outros. Estamos preparados?

A qualidade de vida, a considerar pelo desdém estratégico do atual prefeito Miguel Haddad (que já foi prefeito noutras duas oportunidades e é um grande “latifundiário urbano”), pode piorar daqui pra frente. Numa cidade rica como a nossa, uma das maiores economias do Estado, isso não poderia estar acontecendo.

5 comentários:

  1. Luis Roberto Zanarella25 de novembro de 2010 às 08:17

    Jundiaí, como uma cidade periférica e dormitório de São Paulo, começa a sentir a política de intrusão do capital da população de grande poder aquisitivo que busca sair de São Paulo sem estar longe dela. Afinal, não é só Jundiaí que cresce e se considera rica.
    Planejar o espaço urbano é uma ação coletiva e deve priorizar a qualidade de vida como um todo. Não há que se separar por classes, afinal votos são votos e o prefeito deve olhar a questão habitacional como um todo. A classe média tem duas saídas - cobrar moradias populares e IPTU progressivo, evitando que os mais ricos passem a ver só na especulação imobiliária o status da sua riqueza. O espaço urbano é de todos e o capital não pode ser o fator de exclusão - quem pode mais mora bem...

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  2. É o quem vem ocorrendo aqui no Jardim Santa Gertrudes, áreas rurais estão sendo "adquiridas" e loteadas. Jardim Marambaia 1, 2 e já estão falando em Marambaia 3. A criminalidade no bairro aumentou em 700%. Assaltos são constante, traficante tem em quase todas as esquina onde existe movimento e rota de fuga. Policiamento quase não existe, e quando aparecem ficam na padaria central tomando um cafezinho e recebendo pedágio.

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  3. Repercuti esse texto e outros que falam sobre o mesmo problema causado pelo PSDB e Miguel Haddad em meu blog.

    Visitem: http://tudo-em-cima.blogspot.com

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  4. A especulação imobiliaria causa os seguintes problemas:
    1- Falta de Creches;
    2- Transito = mobilidade urbana;
    3- Transporte coletivo ineficiente;
    4- Hospitais que Jundiaí não tem;
    5- Lazer que Jundiaí não tem;

    Não tem planejamento.Só propaganda do Miguel...

    Enfim uma Cidade rica que não proporciona benefícios aos cidadãos.


    Com essa turma não dá mais.

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  5. Caros, um comentário por anônimo foi excluído na moderação, pois trazia adjetivos fortes e que poderiam se caracterizar como ofensa. Pedimos que se identifiquem e usem termos comparativos, discordantes, mas de forma respeitosa.

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