Todos querem tomar decisões no presente, que produzam bons frutos
no futuro. Para se conquistar os resultados desejados, é preciso traçar um bom
plano estratégico em conjunto com os envolvidos na execução, a fim de que haja comprometimento
com os objetivos que se deseja alcançar.
O primeiro passo é um diagnóstico preciso do cenário atual. Nesse
momento de avaliação as informações devem ser precisas, tais como: pesquisa de
mercado, situação financeira, equipe de trabalho, grau de realizações e
eficiência, pontos fortes e fracos, ações diferenciadas, oportunidades e
eventuais ameaças. Saber exatamente “onde estamos?”, no cenário atual, é
fundamental para iniciar uma estratégia.
O segundo passo é saber quais os objetivos que precisamos
alcançar. Com o diagnóstico do momento atual feito, agora dá para começar a
definir “onde queremos chegar?”. Ninguém dá um salto sem ter a certeza de que o
chão está firme para pegar impulso. Nesse momento se define os objetivos que se
pretende alcançar em um determinado período de tempo. E tem que ter indicadores
quantitativos para que se possa medir a evolução das ações.
O terceiro passo é elaborar o plano estratégico. Conhecendo seu
real potencial e sabendo onde se pode chegar, agora é preciso saber “como
atingir aos objetivos?”. Definição das etapas, o tempo disponível, qual será o
investimento financeiro, quais pessoas serão envolvidas, como prevenir
adversidades, os prazos, a seleção de parceiros, etc. Um bom cronograma da
estratégia e também seu acompanhamento cotidiano.
Os bons livros falam disso. Então, o que pode dar errado? Não
saber escolher, ou seja, o que devo abrir mão e o que devo priorizar. Elaborar
a estratégia deve ser uma atitude coletiva e com gente comprometida. Pessoas
que não têm visão sistêmica e capacidade para ajudar a escolher, tendem a
concordar só com o que o chefe sugere. Já dizia o general mexicano Álvaro
Obregon: “Não tenha medo dos inimigos que o atacam, e sim dos amigos que te
bajulam.”
Também tende a dar problemas quando não se divide com a equipe as
responsabilidades do plano. Aí, ocorre o centralismo das decisões ou a
desconfiança de que não vão fazer direito. Isso acarreta atrasos, baixa estima
na equipe e ineficiência. Outro desafio, em geral, é que as pessoas não gostam
de pensar em estratégia e focam tudo só na execução das coisas. Seguir um plano
estratégico também é ter disciplina, mudança de hábitos, revisão de conceitos –
pessoais e coletivos. É a soma das experiências e a renúncia do messianismo.
Artigo publicado no Jornal de Jundiaí em outubro/2015 http://www.jj.com.br/colunistas-1815-a-arte-da-estrategia
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