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Indignação. Conheça os fatos:
As famílias destes núcleos de submoradia chegavam em nossa cidade, há 20 ou 30 anos, vindas do nordeste, do interior paulista e da capital. Buscavam uma vida melhor, como todo mundo, porém suas opções eram muito poucas pela condição financeira que possuiam. Sem recursos, iam morar onde podiam, e acabavam num dos 18 núcleos de submoradias já existentes em Jundiaí (a família da foto-notificação, escolheu o Jardim Fepasa). Pedaços de terra entre 40 e 60 m2, o que desse pra arranjar, afinal, tratava-se de uma área pública remanescente da ferrovia. Construiam seus barracos de madeira, melhoravam depois com tijolos expostos e banheiros com fossas precárias. Pagavam água e luz com aperto, mas dignidade. Esgoto, ainda era um luxo mais distante.
Alguns anos depois, as famílias pensavam em “sair dessa vida”, mas o salário e a informalidade, no endereço inexistente de seu barraco inclusive, impediam qualquer ato mais ousado de adquirir a casa própria. Programas habitacionais populares eram pra poucos, apenas os “menos pobres do que eles” conseguiam financiamento. Nesta situação de dificuldades, depois de algum tempo, tinham uma certeza e alegria: aquele pedaço de terra já lhes pertenciam, não poderiam ser despejados. Bairro formado, vizinhança nem sempre a desejada, uniram-se e foram pedir melhorias as autoridades.
Depois de algumas lutas, passeatas e protestos, o bairro foi reurbanizado, com a maioria dos recursos de programas habitacionais da Caixa Econômica Federal a fundo perdido. As famílias ganharam casas mais bonitas, com mais espaço (70 m2 sem reboque e direto na “brasilit”, sem laje) e ruas asfaltadas com esgoto. Mas veio junto um “contratinho” maroto que a prefeitura lhes deram, e as famílias perderam os poucos direitos que tinham.
Resumo da perversidade: cada família teria direito a casa depois de pagarem tudo, durante 20 anos (até aí parece normal) mas, se depois de alguns anos pagando a família ficasse inadimplente, seria intimada e despejada “com medidas judiciais coercitivas” promovidas pela prefeitura. E o dinheiro pago dos anos anteriores ao despejo? Não tem direito a nada. As famílias sairam da condição de posse garantida do seu pedaço de terra e casebre, com suas continhas pagas de água e luz, e viraram inquilinas!
Resumo da perversidade: cada família teria direito a casa depois de pagarem tudo, durante 20 anos (até aí parece normal) mas, se depois de alguns anos pagando a família ficasse inadimplente, seria intimada e despejada “com medidas judiciais coercitivas” promovidas pela prefeitura. E o dinheiro pago dos anos anteriores ao despejo? Não tem direito a nada. As famílias sairam da condição de posse garantida do seu pedaço de terra e casebre, com suas continhas pagas de água e luz, e viraram inquilinas!
Se fizessem a regularização fundiária, dariam às famílias condições de direito às suas moradias. Mas o prefeito Miguel Haddad empurra “como pode” para não realizar. Faz 10 anos que ele permite esta situação de injustiça com os mais pobres. E por ironia o slogan da prefeitura é: “Jundiaí, oportunidade é para todos”. Quanta demagogia.
Leis sobre regularização fundiária:
Conselhos-MG http://www.conselhos.mg.gov.br/uploads/24/06.pdf
JUNDIAÍ a cidade sem favelas...o dinheiro gasto nas propagandas R$ 10 milhoes, poderiam dar moradias para 500 familias que hoje vivem numa sub-condição de habitação....
ResponderExcluirErradicar a pobreza, essa é a função da cidade, e do Estado, mas o que fazem em Jundiái é política para erradicar as pessoas pobres.
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