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Neste domingo, 22 de março, na capital paulista, apenas 500 manifestantes participaram da regurgitada “marcha da família com Deus”. Também na região central da capital, simultaneamente e em contraposição a esta marcha, ocorreu a “marcha antifacista” com a presença de 1.000 interessados (Portal Terra: http://migre.me/isc1h).
Para uma capital com mais de 11 milhões de habitantes, ter 500 pessoas em uma manifestação é o mesmo que ter em Jundiaí (com 400 mil habitantes), 18 pessoas protestando. Então por que a imprensa dá cobertura e destaque nos noticiários a um evento tão insignificante?
Em tempos de “manifestações forjadas” pós protesto de junho de 2013 no país – que juntou muita gente, mas também foi relâmpago e difuso – entramos nos modismos de rolezinhos, black blocs, mascarados... com temas carregados de fundamentalismos ou apelos políticos nada convincentes. O descrédito é geral. Isso é o que dá protestos sem idealismo, sem propósito coletivo definido e sem bússola.
Por isso, o que vimos hoje foi a Marcha sem Família, sem Deus e sem Facebook, pois os milhares que confirmam presença na rede social, o fazem para parecer engajados, pois os temas propostos não empolgam, não são claros e não vão além do “confirmar presença” na telinha. Só para a grande mídia houve algum protesto de verdade no dia de hoje.